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Letra de Forma

"A crítica deve ser parcial, política e apaixonada." Baudelaire

Letra de Forma

"A crítica deve ser parcial, política e apaixonada." Baudelaire

Uma tão longa ausência...

 

Aos leitores do Letra de Forma é devida uma explicação para uma tão longa ausência, de quase um mês.
 
Houve, em primeiro lugar, um problema informático grave que me bloqueou, e que de resto não está ainda totalmente resolvido. Em segundo lugar, e com mais graves incidências de futuro, encontrei-me na situação de ter de ponderar a estrutura de produção da página.
 
Um público agradecimento é devido à Sercultur, a empresa responsável pela gestão de conteúdos do Sapo Cultura, que não só me abriu esta possibilidade como me assegurou as condições de prossecução de uma actividade profissionalizada neste espaço virtual. Contudo, discrepâncias resultantes de, por assim dizer, uma dupla gestão da página, e de módulos que escapavam ao meu controle, numa situação persistente e sem horizonte concreto de resolução, levaram-me a tomar iniciativa de rescindir o acordo. Não abdico ainda assim do Letra de Forma, ainda que desde já deva dizer que, a não serem encontradas outras modalidades de produção, a sua continuidade é incerta.
 
Sucede contudo, e pese ainda os prazos entretanto transcorridos, que ficaram questões pendentes a que entendo dever regressar, como desde logo uma análise mais pormenorizada do que foi a gestão Isabel Pires de Lima / Mário Vieira de Carvalho na pasta da Cultura, enquanto sistemático incumprimento do próprio contrato político do Programa do Governo, tal como entendo que a recepção mediática das alterações na pasta foi um importante indicador não só da mediocridade politiqueira dos media portugueses, como também dos níveis de “deslegitimização simbólica” que a cultura atingiu na opinião emitida. Importa-me também retomar agora noutros termos, os das políticas da criação contemporânea, o que foi o processo de Das Märchen, pois que havendo níveis diferentes de análises, a minha opção na altura, a que considerei ética e esteticamente prioritária, foi estritamente a crítica da obra.
 
Com uma longa ausência, alguns textos ficaram terrivelmente atrasados, outros mesmo invalidados. E custou muito não poder escrever de imediato quando, nomeadamente, se estrearam filmes de Paul Thomas Anderson ou Hou Hsiao-Hsien. Tentarei retomar, de algum modo reformulada, alguma da matéria que ficou pendente.
 
Terei entretanto que considerar algumas mudanças no Letra de Forma e devo também desde já esclarecer, em qualquer caso, que se haverá de novo textos colocados em linha nestes próximos dias, uma cadência mais regular apenas voltará a ocorrer a partir da próxima semana. Cabe-me também agradecer a todos aqueles que continuaram a visitar esta página. Um obrigado reiterado.